Liderança com base em princípios
Um dos aspectos importantes que os maridos precisam aprender é a liderança baseada em princípios.
Jamais esqueça que sua família é o resultado da qualidade de sua liderança. Não tem como ser diferente. A liderança de um homem determina a qualidade de vida da sua família.
“Porque o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, sendo este mesmo o salvador do corpo” (Ef 5.23). Quem nasceu primeiro? Eva ou Adão? “Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e sim a mulher, por causa do homem” (1Co 11.9).
Quem primeiro comeu do fruto proibido? Eva ou Adão? Quando Deus pede que lhe sejam prestadas contas, ele não se dirige a Eva, mas a Adão, pois Adão foi colocado na família para ser o líder, o cabeça. A Escritura declara o princípio de autoridade inequívoco: “Mas quero que entendam que Cristo tem autoridade sobre todo marido, que o marido tem autoridade sobre a esposa e que Deus tem autoridade sobre Cristo” (1Co 11.3).
Percebe-se que muitos homens não assumem a posição de liderança em sua casa. Ora, seus filhos e sua esposa são o resultado de sua liderança. Se o homem falha na sua liderança, toda a sua família pode fracassar. Afinal, o líder é o sacerdote da família, é a autoridade constituída por Deus, e essa autoridade tem a ver com sucesso administrativo, organização e proteção. Os maridos devem se preocupar com a nota que Deus está dando para sua liderança. O esposo deve liderar e dirigir a viagem da família, tornando seu casamento uma bênção de Deus para a sociedade. Esta liderança deve ser fundamentada em princípios. Quando o homem transfere a liderança para a esposa, ele transgride a ordem estabelecida por Deus. Nem a esposa, a sogra ou mesmo sua mãe deve liderar sua casa e sua família. No momento em que o homem se casa e estabelece seu lar, a responsabilidade da condução da casa é dele; não é dos pais nem dos sogros.
Liderança espelhada em Jesus.
O homem deve basear sua liderança em Jesus, seguindo os quatros aspectos relacionados abaixo.
1- Prioridade para a família, em tudo o que faz, buscando em primeiro lugar o reino de Deus, conforme Mateus 6.33: “Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas” (NTLH). O reino e os princípios do reino devem nortear a vida do líder porque em tudo aquilo que ele faz, ou planeja fazer, os princípios do reino possuem relevância absoluta. Por exemplo, na escolha de um curso superior ou de uma profissão, o líder deve orientar sua família a escolher o curso ou a profissão que tenham serventia para a expansão do reino de Deus.
2- Presença contínua no lar. Assim como Jesus assegurou aos seus discípulos que estes poderiam sair por todo o mundo pregando o evangelho, pois ele estaria presente com eles, da mesma forma o líder deve assegurar aos seus liderados na família que ele não os abandonará e que estará por perto em quaisquer eventualidades. “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.20). Pai ausente, família em perigo. Os discípulos saíram por toda parte pregando o evangelho, sabendo que Deus estava com eles: “E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam” (Mc 16.20).
O pai-líder deve se espelhar continuamente neste exemplo de Jesus.
3- Percepção, que é a capacidade de ver além das quatro paredes. “Vendo-lhes a fé…” (Mc 2.5). O pai-líder vê situações no lar que as demais pessoas não veem. O pai sente ou percebe quando algo está errado nos relacionamentos familiares ou quando alguma coisa não vai bem em casa. Esta é uma capacidade dada por Deus. O marido entrou em casa e sentiu o “cheiro” de alguma coisa errada com os filhos ou com a esposa.
O marido percebe e sente o cheiro de coisa errada, de pecado, de demônios e, como profeta e sacerdote do lar, começa a batalha espiritual em oração e aconselhamento para que a família não sofra com a interferência do inimigo.
4- Autoridade e coerência no exercício da liderança. A autoridade é concedida ao homem para o serviço e não para dominar e pisar nas pessoas. Jesus é exemplo de humildade, pois na última semana de vida, ele serviu fielmente os seus liderados e lhes lavou os pés: “Depois, deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido” (Jo 13.5). O líder, antes de mais nada, deve aprender a servir e fazer do serviço o caminho para o exercício da autoridade.