domingo, 31 de março de 2013

PÁSCOA , A TRADIÇÃO EM CONFRONTO COM A PALAVRA


        Louvamos a Deus, em primeiro lugar, por nos conceder o privilégio de retornar às origens da sua Santa Palavra, fruto da inspiração do Espírito Santo a homens que se transformaram em canais da manifestação dos seus princípios e padrões de vida! A Palavra de Deus sempre foi e sempre deverá ser a bússola norteadora para os homens. Não lhe podemos acrescentar, nem retirar absolutamente nada, Ap 22.18-19, e devemos cumpri-la à risca, Sl 119.4, para que tudo nos vá bem!

        Desta forma, gostaríamos de passar a você a visão de qual é verdadeiramente o significado da Páscoa, desmistificando-a e retirando a capa enganadora que foi colocada sobre a mesa.

        Quando foi utilizada a palavra "páscoa" pela primeira vez? De onde ele é proveniente? Volte-se para a Palavra de Deus, no livro de Êxodo, capítulo 12.
O contexto no qual essa festa foi inserida é o seguinte: Deus havia prometido a Abraão que a partir dele, uma grande Nação se ergueria sobre a terra, e seus descendentes haveriam de herdar uma terra maravilhosa, uma terra abençoada pelo próprio Deus, Gn 12.1-3; 13.14-17. Abraão, assim crendo em Deus, partiu sem saber para onde iria, guiado apenas pela mão invisível do Senhor.

        Deus deu a Abraão um filho, que se chamou Isaque, pois seria através dele que a promessa se concretizaria. Apenas como curiosidade, o nome "Isaque", significa "riso". Sabe por que? Porque Abraão, Gn 17.17 e Sara, Gn  18.12, riram-se diante da impossibilidade da promessa, já que ele tinha 100 anos e ele 90, além de ser estéril, Gn  16.1.

        Pois bem, Isaque teve dois filhos com Rebeca, Esaú e Jacó, Gn 25.21-26. Jacó teve seu nome mudado. Em uma experiência muito forte com Deus, Gn 32.22-32, seu nome passa a ser Israel. Ele tem doze filhos, que passaram a ser os cabeças das doze tribos de Israel.

        José, o penúltimo filho de Israel, tem um sonho no qual sua família se prostrava diante dele, e por causa disso, odiado por seus irmãos, é levado para o Egito como escravo. Seu sonho acaba por se cumprir e ele se torna o segundo homem no Egito, abaixo somente do Faraó. O Egito entra em um período de grande fome e, assim, Israel e toda a sua família descem para comprar alimentos. José, reconhecendo sua família, revela-se a eles e manda buscar seu pai e tudo quanto lhe pertencia para morar no Egito.

        Os anos se passam. Israel morre. José Também. Os descendentes das 12 tribos vão crescendo, até um dia em que sobe ao Trono do Egito, um Faraó que não ouvira falar de José, Êx 1.6-14. Ele começa a temer por causa do grande número de israelitas que povoam a terra do Egito e, prevendo uma rebelião contra si, ordena que sejam feitos escravos. No meio dessa aflição, nasce Moisés, Êx 2.1-10, que é tomado pela filha de Faraó e levado para o Palácio Real. Mas, Deus tem para ele um chamado que consistia em livrar o povo do jugo no qual se encontrava. 80 anos depois de seus nascimento, Deus o envia para libertar toda a Nação. Faraó endurece o coração e ocorrem as famosas 10 pragas sobre o Egito. Antes da última praga, que seria a morte de todos os primogênitos egípcios, inclusive o filho de Faraó, Deus manda Moisés preparar o povo para partir. E no capítulo 12 de Êxodo, Deus revela o que eles deveriam
fazer para que a última praga não os afetasse: Eles deveriam imolar um cordeiro e passa o sangue do mesmo nos umbrais e vergas das portas das suas casas. Ele deveriam estar de lombos cingidos, isto é, com tudo pronto para partir ao comando da voz de Deus. Vem a última praga e Faraó os libera para
abandonarem o Egito.

        E daí institui-se o nome "Páscoa", em hebraico "passagem", ou seja, saída de uma vida de escravidão para uma vida de liberdade.

        Mas, o que essa Páscoa tem a ver conosco hoje, no século XX? Há na Bíblia, toda uma simbologia material para coisas que ocorrem no reino do espírito. A Páscoa, particularmente tipifica a obra expiatória de Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, Jo 1.29, na cruz do Calvário. Simboliza a obra de salvação que é realizada por Jesus em nossas vidas, conhecida como conversão, ou novo nascimento. Jesus foi crucificado exatamente na Festa da Páscoa, às 9,00 horas da manhã, e expirou na cruz às 3,00 horas da tarde, exatamente no memento em que, no Templo, o cordeiro do sacrifício era imolado pelo sacerdote.

        A Páscoa bíblica, portanto, consumou-se em Cristo, que a instituiu como um novo memorial, a Sua Ceia, na qual o crente comemora a Sua morte e ressurreição até que Ele venha novamente.

        E de onde surgiu, então, o  "ovo" e o "coelho"?

        Totalmente estranha e contrária à Bíblia, a Páscoa moderna tem por símbolos o "ovo" e o "coelho". Com o decorrer dos séculos, muitas festas e tradições chegaram até nós através da cultura de muitos povos diferentes.

        Há uma concordância no sentido de que a palavra inglesa "easter", (páscoa), seja proveniente de Eostre, deusa anglo-saxônica da primavera, derivada de Ishtar, deusa babilônica. No hemisfério Norte, esta festa corresponde ao início da estação da primavera, e é ligada a vários rituais pagãos.

        O "ovo", que tem em si a implicação de "começo, início, origem da vida", abriu o caminho para outras tradições. Ele está presente na mitologia antiga e nas religiões do oriente.

        Os "ovos", chegaram ao Ocidente vindos do antigo Egito e de povos germânicos. Adotou-se, então, o costume de se colorir ovos d dá-los de presente a alguém como símbolo de uma contínua renovação da vida. No século XVIII, a Igreja Católica Romana adota, oficialmente, o ovo como um símbolo da ressurreição de Cristo, tentando "santificar" uma prática pagã. Pilhas e pilhas de ovos começam, a partir daí, a serem benzidas e distribuídas entre os fiéis.

        Como curiosidade os ovos de chocolate apareceram em 1928, passando a ser produzido industrialmente em larga escala.

        O "coelho", com símbolo de fertilidade, surgiu por volta de 1215 na França, derivado também de rituais babilônicos. A partir dessa data, passa a existir uma mistura de mitologia pagã e simbologia "cristã" paganizada.

        Em 1951, o Papa Pio XII introduz algumas modificações na festa da Páscoa, numa tentativa de restituir-lhe o resplendor religioso, transferindo a missa que era celebrada no sábado da aleluia (quando se malha o Judas), para a meia noite, na passagem do domingo. O sábado de preparação para a Páscoa é chamado de "Sábado Santo". Além disso, o romanismo ainda impõe aos fiéis, como preparativos para a festa, uma série de ensinamentos sobre sacramentos a partir do mês de novembro. A quaresma (período de 40 dias entre a quarta feira de cinzas e o domingo de Páscoa), através da penitência, é considerada de
grande valia no preparo do povo.

        Pois bem. Por muito tempo, a Igreja esteve compactuando com toda essa mistura. Quer por ignorância, ou por comodismo e permissividade, o fato que permanece é que ela saiu do propósito original de Deus e, assim, precisa se arrepender e retornar à prática das primeiras obras, ou seja, da fidelidade absoluta a Deus, Ap 2.5.

        Alguém pode pensar: "Ah, mas é uma coisa tão insignificante". Parece, mas não é. Se Satanás se mostrasse como ele realmente é, ninguém se aproximaria dele, ou faria qualquer tipo de acordo com ele. Ele tem a capacidade de se transformar em anjo de luz, 2 Co 11.14. Com esse disfarce, ele pode aproximar-se do homem e, sorrateiramente, levá-lo a estabelecer uma aliança legal com ele.

        A palavra "compactuar", significa "concordar legal e oficialmente a respeito de um dada assunto". Enquanto a luz não chega, Deus perdoa a nossa ignorância, At 17.30. Porém, a partir do momento em que ela vem, passamos a ser responsáveis pelas conseqüências, caso pequemos contra ela. Não pode existir comunhão entre luz e trevas, 2 Co 6.14-18.
Páscoa

A TRADIÇÃO EM CONFRONTO COM A PALAVRA

        Se sabemos que a origem do costume de se comer ovos na Páscoa é pagã e que ela confronta a Palavra de Deus, a opção e nossa. Por isso, preste bastante atenção no que diz o apóstolo Paulo na Palavra de Deus: "Vocês entendem o que é que eu estou tentando lhes dizer? Estou, por acaso, dizendo que os ídolos, a quem os pagãos sacrificam, possuem vida e são deuses de verdade, e que esses sacrifícios possuem algum valor? Não absolutamente! O que estou dizendo é que aqueles que oferecem alimentos a esses ídolos estão, com toda a certeza, unidos a demônios, e não a Deus! Não desejo que nenhum de vocês seja participante com os demônios ao comer, como fazem os pagãos, da mesma comida que foi oferecida a ídolos. Vocês não podem beber do cálice à mesa do Senhor e também à mesa de Satanás. Não podem comer pão tanto da mesa do Senhor quanto na mesa de Satanás", 1 Co 10.19-21 (Versão da Bíblia Viva).

        Nosso objetivo com esta carta pastoral, não é o de colocar medo em seu coração. Pelo contrário! O que desejamos é ver seu crescimento e fidelidade a Deus, para que Ele possa fazer transbordar em sua vida o vinho novo da sua unção. Mas, antes que o vinho novo venha, é necessário quebrarmos os odres
velhos, as antigas tradições e conceitos que nos afastam da Palavra da Verdade!

        Que o Espírito de revelação venha sobre sua mente e coração, trazendo-lhe uma visão clara da vontade genuína de Deus para Sua Igreja nesse fim dos tempos! E que você encarne a visão de Deus para nossa geração; "Sair de Roma e voltar a Jerusalém"


fonte   Igreja Batista Central Ilha Solteira

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